Eles estavam havia cinco dias na abandonada BR-319, no meio da floresta Amazônica, quando, para alívio geral, avistaram a “civilização”. Uma pequena vila brasileira encantou os aventureiros europeus que cortam a América do Sul a bordo de dois soviéticos Trabants, de um Fiat 126p, da Polônia, e de uma motocicleta tcheca Jawa (todos com pelo menos 20 anos de uso).

Eles registraram em fotos as belezas das moças locais; se divertiram um jogo de futebol misto, em que duas jogadoras dividiam um par de chuteiras (ao mesmo tempo); se reabasteceram no mercadinho e mataram as saudades da cerveja com latinhas da brasileira “Cristal”. Só faltou uma coisa (além de gasolina): o nome da vila.

Em entrevista ao Cidades do Leste, Dan Přibáň, jornalista tcheco que lidera a expedição, disse que a cidade está, literalmente, fora do mapa: “Não temos nenhuma ideia [do nome]. Não havia nenhum sinal, nenhuma informação em mapas, nada no Google Maps, no OpenStreetMaps, nada. Então, esta é uma bonita vila, com pessoas legais e moças bonitas”, diz.

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Em Porto Velho, Rondônia, foi a vez de a equipe conhecer as habilidades do mecânicos locais, que se espantaram com a “rusticidade” do Trabant (com portas de plástico duro e motor de dois cilindros). “A comunidade de pessoas ao redor dos carros é incrível. As pessoas se entendem, ainda não se tenha ideia do que o outro diz. Isso funciona em todo o mundo”, registraram, na página do Facebook da aventura (segunda meu entendimento precário do tcheco).

Na oficina, o epóxi usado para colagem de peças durante o percurso foi retirado (e o conserto correto foi feito) e, na falta de material adequado, usaram moedas de Real como porcas para parafusos. Agora, a viagem segue, rumo a Rio Branco e, depois, segue para o Peru.

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